Olhos Verdes

Seus olhos vermelhos, a me fitar,
Brilham mais que brilha a noite,
Quando as nuvens não ofuscam o luar!
Seus olhos vermelhos mandam.
Eu obedeço.
Olhos que me têm apreço.
No meu caminho devo ficar!

E mais rápido que uma flexa
Um de seus olhos se fecha,
E ao sol parece afrontar!
Seu olho agora amarelo,
Mostra a todos como eu quero,
Mas meu caminho devo aguardar...

Sementes do Cerrado
Agora, seus olhos são verdes!
Como os da moça, parecem redes,
Que me prendem a lhes fitar...
Não paro de olhar!
Seus olhos verdes liberam:
- Siga em frente, eles disseram.
O meu caminho devo continuar.
Seus olhos verdes, não posso olhar!

Laurel Gilberto Martins

Nota: Laurel esclarece que a Musa o inspirou para esse poema enquanto esperava o semáforo abrir em uma esquina da vida.

Nota 2: esse é o primeiro post da seção Balaio de Gato, área reservada aos amigos que gostam de escrever.

 

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